Modelo vivo

Quando estou insatisfeita com algumas coisas na vida, me sentindo sozinha ou chateada com alguma coisa que alguém fez pra mim, tento sair do padrão. Procuro fazer coisas novas, conversar com pessoas diferentes. Assim, descubro coisas de mim que de outra forma não descobriria.

Depois de um desapontamento, percebi que estava deixando de fazer coisas interessantes por mim e perdendo energia com outras pessoas.

Resolvi, finalmente, me dar a chance de tentar desenhar pessoas – coisa que sempre me achei muito ruim – e participar das sessões de modelo vivo promovida por dois amigos.

Lá fui eu, munida de um caderno grandão A2 e uma lapiseira com grafite integral, daquelas bem grossas, que prometiam “soltar meu desenho”.

Meu olhar já treinado a desenhar o que observo, na maioria das vezes um objeto arquitetônico, me ajudou no processo.

Me senti motivada pelos primeiros resultados de três horas desenhando sem parar: desenhos de um, três, seis e até nove minutos. Aprendi que prefiro os de tempo mais curto.

Escrevo aqui hoje, depois de cinco sessões e esperando por mais algumas que encerram o ciclo de encontros.

Tem dias que os desenhos fluem, o modelo é mais desafiador, faz poses mais interessantes e veste roupas mais legais de desenhar. Outros em que não fico satisfeita com quase nada. Mas o importante, em tudo que se faz, é a prática que só a dedicação e repetição trazem.

Então, continuo desenhando, desenhando, desenhando…

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